sumário
Carta do Coordenador
POR DANIEL LIMA RIBEIRO
O tempo para a criação do Inova_MPRJ, Laboratório de Inovação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, chegou em 2019, com um alinhamento único de mentes e corações.
A ideia de explorar novos métodos e ferramentas em uma era de transformações no direito e na governança se somaram às vontades de um Procurador-Geral visionário e uma Subprocuradora-geral de planejamento – a decana da Instituição – de espírito jovem e amor inabalável pelo Ministério Público.
Em seguida, foi a vez do “acaso” juntar 12 pessoas encarregadas de transformar em realidade o que era uma visão, uma aposta em um Ministério Público diferente. Na largada, definimos nosso propósito massivamente transformador como “explorar ideias audaciosas e construir um Ministério Público à frente do seu tempo”.
O Laboratório ganhou uma sala e uma varanda, que em muito espelha a sua cultura, visão e valores – transparente e sempre aberto ao trabalho em colaboração. Em pouco tempo, esse trabalho ganhou destaque nacional, influenciando a criação de outros tantos Laboratórios de Inovação – no Ministério Público e fora dele.
Juntos, idealizamos, desenhamos, redesenhamos e testamos um método que se mostrou com potencial de alto impacto. Surgiu o que chamamos de “Fluxo de Transformação” – formado com a combinação do design de serviços, avaliação de impactos, ciência de dados, direito digital e comunicação.
Vivemos o ideal de Governo Aberto, sendo integralmente – e até originalmente – transparentes. Tivemos o primeiro projeto brasileiro de contratação seguindo as diretrizes da Open Contracting Partnership.
Os desafios não foram poucos. Toda mudança encontra resistência. Não é algo trivial mudar a cultura de uma Instituição inteira, que ainda se descobre em tantas funções importantes em meio a um mundo complexo e em transformação. Uma instituição que ainda busca descobrir o que significa ser “resolutiva”, definir resultados esperados (em especial para a atividade-meio) e responder por eles.
Um dos aprendizados mais ricos que tivemos até aqui foi quanto a pessoas. Todo investimento na seleção, na atenção, no cuidado, e no estímulo ao máximo potencial criativo das pessoas que são o Laboratório e o MPRJ – inclusive os Fagulhas, membros, servidores parceiros e colaboradores externos – reverte no maior ativo de qualquer organização.
Porque como disse Andrew Carnegie, “leve embora meu pessoal, mas deixe minhas fábricas, e logo a grama irá cobrir o chão. Leve minhas fábricas, mas deixe meu pessoal, e logo teremos uma fábrica nova e melhor”.
Fica a gratidão profunda pela oportunidade e a crença de que deixamos importantes aprendizados e protótipos que, quando desenvolvidos ou contratados pelas áreas responsáveis, se revelarão como marcantes contribuições para trazer o Ministério Público do futuro, mais justo e eficiente, para mais perto do presente.