1. A intensidade ótima da inovação
Não é simples encontrar a intensidade adequada para a introdução de novas ideias. Assim como não é fácil aceitar os riscos de não dar certo. Tudo indica que o primeiro ano de vida do Inova será o mais desafiador – a cultura de inovação e experimentação ainda não está solidificada na Instituição.
2. Aguardar iniciativa do cliente
É aos poucos que a cultura de inovação vai se desenvolvendo e os atores vão percebendo que sempre há formas de se fazer mais, melhor e mais barato. Na medida em que isso ocorre, irá surgir o incentivo de buscar aprimoramentos por meio de métodos inovadores. Até lá, faz sentido investir em trabalhar e mostrar resultados com clientes que procurem o Inova.
3. Liberdade para testar o que é fora do padrão
O Inova possui equipe reduzida (a menor de todos os órgãos do MPRJ digital – CENPE, GATE, CADG, STIC, CSI e IEP). Ao menos nas ferramentas que compõem seu método de inovação, precisa ter autonomia para chegar a resultados de experimentos com velocidade. Por isso, a autorização contida no art. 1º, parágrafo único, da Resolução GPGJ n. 2.292, de 11 de julho de 2019, é fundamental.
4. Redobrar a atenção à comunicação sobre o que é experimentação
Em suas iniciativas, o Inova precisa melhorar a comunicação interna (ao MPRJ). É importante garantir a correta interpretação da norma do art. 2º da Resolução GPGJ n. 2.292, no sentido de que os experimentos do Inova não pressupõem uma decisão ou sugestão no sentido da adoção de escala daquilo que será testado.
5. Documentação, gestão de projetos e prioridades
O Inova gerenciou seus projetos usando o aplicativo Basecamp. Contudo, percebeu a necessidade de documentá-los em procedimentos administrativos, uma vez que podem instruir medidas adotadas por órgãos de execução (p.e., busca e apreensão de dados). Para isso, está buscando solução para formalizar, sem burocracia, seus projetos.
6. Transparência e gestão de prioridades
Percebemos que uma gestão transparente de todos os projetos, por todos os órgãos do MPRJ, permite a eleição de prioridades pelo PGJ. Sem isso, gera-se uma aparência de que as demandas do Inova não foram validadas pelo Chefe da Instituição, quando, em verdade, sempre são submetidas à dupla apreciação da SubPlan e do PGJ.
7. Parceria com o executivo após obter os dados
Sentimos hesitação do governo do Estado em conferir o acesso aos bancos de dados, de acordo com a prerrogativa legal do MP (LC n. 75/93, art. 8º, inciso VIII). Continuamos acreditando no trabalho em parceria. Em 2020, contudo, pensamos em oferecê-la sempre após a obtenção dos dados necessários para os projetos do Inova.
8. Maior potencial para parcerias externas do que esperávamos
Fomos surpreendidos, em tão pouco tempo, com o potencial de parcerias externas que descobrimos ao apresentar o Inova, sua proposta e método de trabalho. A percepção que tivemos é que há muitos atores interessados em alocar recursos e trabalhar com dados, inteligência e tecnologia em prol do serviço público. A contar pela reticência que notamos do Executivo com a disponibilização de dados (mesmo para o MP), essa oportunidade não é comum.
9. Maior validação do que esperávamos
Outra grata surpresa foi a validação que recebemos quanto aos dois principais métodos de trabalho cuja primeira versão desenvolvemos em 2019: o fluxo de transformação e o programa de inovação aberta. Tivemos a oportunidade de ouvir a análise crítica de líderes do pensamento e da prática em inovação (aberta) e gestão pública – destaque para o sucesso do evento Antena_MPRJ. Segundo o feedback, os conceitos que estão na base das versões preliminares são maduros, audaciosos e de alto potencial inovador.
Com estabilidade para produzir o que tem de melhor a oferecer à Instituição, o ano de 2020 convida o Inova a alcançar posição de destaque no cenário nacional em inovação em governo. Por todas as razões e lições aprendidas, identificamos a necessidade de reforçar nossa comunicação interna e externa - em formato digital, como esse relatório. Acreditamos que estamos prontos para trabalhar com os membros em seus órgãos de execução.