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MPRJ obtém no Tribunal do Júri de Niterói a condenação de filhos da ex-deputada Flordelis pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo
Publicado em 24/11/2021 20:52 - Atualizado em 24/11/2021 20:52
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 3ª Promotoria de Justiça junto à 3ª Vara Criminal de Niterói, com auxílio da 1ª Promotoria de Justiça Junto ao III Tribunal do Júri da Capital, obteve junto ao Tribunal do Júri de Niterói, nesta quarta-feira (24/11), a condenação de Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico da ex-deputada federal Flordelis e Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho adotivo, pela morte do pastor Anderson do Carmo de Souza, marido da ex-parlamentar, morto a tiros no dia 16 de junho de 2019. Flordelis foi apontada pelo MPRJ como responsável por arquitetar o crime, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio.
 
O Júri teve mais de 15 horas de duração e foi presidido pela juíza Nearis dos Santos de Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói. Flávio foi condenado a 33 anos, 2 meses e 20 dias de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada. Ele foi denunciado pelo MPRJ como autor dos disparos de arma de fogo que provocaram a morte do pastor. Já Lucas foi condenado a sete anos e seis meses de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado. Ele foi acusado de ter sido o responsável por adquirir a arma usada no assassinato do pastor.
 
O promotor de Justiça Carlos Gustavo Coelho de Andrade e a promotora de Justiça Fernanda Neves Lopes comentaram que a condenação é resultado de uma investigação sólida realizada pelo MPRJ, que colheu veemente acervo de provas contra os réus. 
 
Outros nove denunciados pelo crime, inclusive a ex-deputada Flordelis, ainda serão julgados em Júri popular. As condutas dos demais denunciados são descritas em diferentes etapas como no planejamento, incentivo e convencimento para a execução do crime, assim como em tentativas de homicídios anteriores ao fato consumado, pela administração de veneno na comida e bebida da vítima, ao menos seis vezes, sem sucesso, segundo apontaram as investigações.
 
Por MPRJ
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