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Coordenadora de Direitos Humanos e Minorias participa de conferência sobre pessoas desaparecidas
Publicado em Tue Aug 30 17:42:56 GMT 2022 - Atualizado em Tue Aug 30 17:42:20 GMT 2022
Na semana marcada pelo Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimento Forçado, 30 de agosto, a coordenadora de Direitos Humanos e Minorias do Ministério Público do Rio de Janeiro (CDHM/MPRJ), procuradora de Justiça Eliane de Lima Pereira, participou, na segunda-feira (29/08), da primeira Conferência Nacional de Familiares de Pessoas Desaparecidas, organizada em São Paulo com apoio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Nos dois dias de evento, aproximadamente 60 familiares de pessoas desaparecidas compartilharam experiências e debateram questões relacionadas a seus direitos e suas necessidades. Integrantes do Ministério da Justiça e da Defensoria Pública do Estado de São Paulo debateram o tema "Conferência contra a indiferença". 
 
Na ocasião, Eliane de Lima Pereira ressaltou a importância de uma perspectiva multiportas para lidar com a questão. Isso significa que não apenas policiais, mas servidores de distintos órgãos públicos, como hospitais e escolas precisam estar atentos para saber identificar pessoas que estejam desaparecidas. "No Rio de Janeiro, entre 2007 e 2016, tivemos 51 mil registros de pessoas desaparecidas. Estamos falando de violação de direitos humanos. O número que vale é o número um, de uma pessoa, na sua integralidade. O que ela sente, o que ela sofre. Mas para elaborar políticas públicas, precisamos de números", declarou a procuradora de Justiça. 
 
Ao responder às perguntas de familiares, integrantes do Ministério da Justiça apresentaram ações previstas na Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas (PNBPD). As medidas incluem aprimorar mecanismos de buscas por meio do compartilhamento de dados entre diferentes órgãos públicos, além de treinamentos e padronização de protocolos de atendimento a familiares e de investigação de casos. 
 
A colombiana Rossy Roa Pinilla compartilhou sua experiência na Fundación Desaparecidos Colômbia Huellas de Cristal. Rossy começou a trabalhar na causa após o desaparecimento de seu filho, que foi encontrado após 43 dias. Ela destacou a importância de uma mobilização unificada junto às instâncias do Estado. "A união faz a força. Se nos unirmos para falar com o governo e olhar o que podemos fazer pelas famílias podemos fazer muitas coisas. É importante que se unam em um plano de trabalho", afirmou. "Um desaparecido não é um número. Um desaparecido é um ser humano", ressaltou. 
 
Também participaram da conferência a coordenadora de Proteção da Delegação do CICV para Brasil e Cone Sul, Rita Palombo; a presidente do Mães Virtuosas do Brasil, Luciene Pimenta Torres; e Liliana França, do grupo Mulheres de Fé e Esperança de Fortaleza. Reforçar o laço entre familiares e associações foi um dos pontos principais das conclusões ao final do evento. As sugestões incluíram a realização de encontros online e de um novo encontro presencial, reuniões com integrantes de órgãos públicos e diálogo com demais associações para ampliar a rede, buscando incluir mais estados. 
 
Por MPRJ
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