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PGJ recebe a mãe de Marielle Franco e a viúva de Anderson Gomes para detalhar os esforços realizados pela instituição para a elucidação dos assassinatos
Publicado em Mon Mar 15 17:46:21 GMT 2021 - Atualizado em Wed Mar 17 14:37:22 GMT 2021

O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, recebeu, na manhã desta segunda-feira (15/03), a mãe da vereadora Marielle Franco, Marinete da Silva, a viúva do motorista Anderson Gomes, Agatha Reis, e representantes da Anistia Internacional no Brasil e do Instituto Marielle Franco. O encontro serviu para o PGJ detalhar os esforços feitos pela instituição para elucidar os assassinatos da vereadora e de Anderson, ocorridos em 14 de março de 2018, e para descrever o funcionamento da recém-criada Força-Tarefa (FT), que dará continuidade às investigações.

“Nós temos uma preocupação especial com as investigações relacionadas às mortes de Marielle e Anderson e queremos deixar claro que o MPRJ está à disposição dos familiares, tanto no sentido de dialogar sobre o andamento das investigações, quanto no de receber contribuições. Estamos fazendo um esforço concentrado, junto às autoridades policiais, para realizar as diligências necessárias que nos levem à elucidação dos crimes. Felizmente, pudemos contar novamente com as promotoras de Justiça Simone Sibílio e Letícia Emile à frente do caso, desta vez por meio da FT, e esperamos aperfeiçoar a dinâmica das investigações com a iniciativa de criação da Força-Tarefa”, destacou o PGJ.

Marinete da Silva agradeceu o esforço que tem sido realizado para que as investigações sejam concluídas. “Eu gostaria de agradecer a todos os que estão empenhados para que possam ser identificados os mandantes destes crimes que chocaram o mundo. Estamos tendo, durante esse processo, todo o apoio do MPRJ, que não está medindo esforços para dar uma resposta às famílias das vítimas e à sociedade em geral. A atuação conjunta dos órgãos de investigação, coletivamente, vai nos ajudar a chegar aonde precisamos. E é fundamental que possamos manter isso vivo e presente”, afirmou a mãe de Marielle.

Também participaram do encontro a coordenadora da FT, Simone Sibílio, a integrante da Força-Tarefa, Letícia Emile, a chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, Gláucia Santana, a coordenadora-geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana, Patrícia Carvão, a coordenadora de Direitos Humanos e Minorias do MPRJ, Eliane de Lima Pereira, a coordenadora de Mediação, Métodos Auto Compositivos e Sistema Restaurativo, Roberta Rosa Ribeiro, e a diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, a diretora de Programas da Anistia Internacional no Brasil, Alexandra Montgomery, e a integrante do Instituto Marielle Franco, Marcelle Decothé.

Simone ressaltou as dificuldades encontradas para a elucidação dos crimes e garantiu que toda a instituição está empenhada na resolução do caso. “Desde que ingressei no MPRJ, há 17 anos, nenhum caso exigiu a atenção que está sendo dada aos assassinatos de Marielle e Anderson. Nos chamou muito a atenção, desde o início das investigações, que o crime foi pensado minuciosamente, com nuances diferenciadas e, por isso, a identificação dos executores foi um grande feito. Quanto à resolução do caso, a linha adotada pelo PGJ é que temos um compromisso não de uma conclusão açodada, divorciada da realidade, mas de um trabalho técnico e sério, voltado para identificar todos os envolvidos. E, dentro desta linha, temos realizado reuniões periódicas com os familiares das vítimas, para posicioná-los sobre o andamento dos trabalhos investigativos”, esclareceu a coordenadora da FT.

A diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, elogiou a marcação do encontro. “Nós celebramos esse espaço concedido de diálogo e reconhecemos a complexidade do caso, mas continuamos tendo uma forte preocupação com a impunidade. Entregamos ao governador em exercício e ao PGJ, na semana passada, mais de um milhão de assinaturas de pessoas que querem que sejam garantidos todos os recursos necessários para a resolução destes crimes, e que apoiam uma investigação séria, célere, consistente e que leve todos os responsáveis à Justiça. Nesse sentido, vimos com satisfação a concordância de disponibilização de dados, por parte de uma rede social, para o aprofundamento da investigação”, destacou.

Eliane de Lima Pereira e Roberta Rosa Ribeiro ressaltaram a importância da comunicação com os familiares das vítimas e os movimentos sociais. “Eu gostaria de agradecer a confiança dada pelo PGJ e à presença da Mariete, da Agatha, e de representantes da Anistia Internacional e do Instituto Marielle Franco. A manutenção deste espaço de diálogo é fundamental”, disse a coordenadora de Direitos Humanos e Minorias do MPRJ.

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