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GAECO e CI/PMERJ realizam operação contra traficantes que pretendiam corromper PMs em Magé
Publicado em Wed Dec 28 11:11:55 GMT 2016 - Atualizado em Fri Jan 13 21:07:01 GMT 2017

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar (CI/PMERJ) deflagraram a operação Pinóquio, na manhã desta quarta-feira (28/12), com o objetivo de prender 14 pessoas denunciadas por tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção ativa. Também foi requerida pelo GAECO a prisão preventiva dos denunciados e o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão, deferidos pela Vara Criminal de Magé.

De acordo com a denúncia, os crimes foram praticados nas comunidades conhecidas como Maringá, Saco, Lagoa e Fonte, em Magé. No documento encaminhado à Justiça, David dos Santos Pereira, vulgo DVD, é apontado como o chefe da quadrilha. Wellington Gomes da Silva, vulgo Nego ou Niel, teria a função de gerente geral das comunidades, responsável pela contabilidade e logística, recebendo os carregamentos de drogas dos municípios do Rio de Janeiro e Niterói. O complexo da Penha e as comunidade Nova Holanda e do Dick, em Duque de Caxias foram alguns dos locais identificados na investigação de onde vinham o material entorpecente.

Ainda segundo a denúncia, durante um trabalho de aproximação entre a PM e as comunidades, iniciado em abril após o incêndio de cerca de 10 ônibus em Magé, por meio da distribuição de panfletos para denúncias, um casal procurou pessoalmente os policiais militares com o suposto intuito de fornecer informações sobre o tráfico de drogas no local. O casal entrou em contato e o denunciado identificado como Thiago, vulgo "TH", ao invés de passar tais informações ofereceu aos policiais um "acordo" por meio de um pagamento de propina semanal para que o tráfico não fosse reprimido. Esses policiais procuraram o Ministério Público e, mediante autorização judicial, passaram a atuar como "infiltrados", recebendo a propina semanal paga pelos traficantes a fim de identifica-los. Os valores variavam de R$ 1.500 a cerca de R$ 15 mil, de acordo com o fluxo do comércio de drogas de cada comunidade.
 
A denúncia aponta, ainda, que o domínio das comunidades permitiu ao tráfico negociar com políticos da região um “pedágio” para que candidatos pudessem fazer campanha nos locais. Políticos locais teriam pago de R$ 2 mil a R $ 5 mil para realizarem passeatas na comunidade da Lagoa, com autorização do tráfico, descreve o documento.

Policiais do BOPE, CHOQUE e BAC (Batalhão de Cães)  e o GAM  apoiaram a operação.

Processo nº 0005552-92.2016.8.19.0029
 

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