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MPRJ e SSINT/SESEG fazem operação para prender quatro policiais civis e dois homens acusados de usar estrutura da Polícia Civil para a prática de extorsão
Publicado em Tue Sep 05 07:54:04 GMT 2017 - Atualizado em Tue Sep 05 07:53:54 GMT 2017

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança (SSINT/SESEG) realizam a operação Quarto Elemento, nesta terça-feira (5/09). O objetivo é cumprir seis mandados de prisão, quatro deles contra policiais civis e outros dois contra suspeitos que atuavam como informantes dos agentes. 
 
A ação, que também visa ao cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, sendo dois em unidades policiais, e tem apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), da Corregedoria Geral Unificada da Secretaria Estadual de Segurança (CGU/SESEG) e da Corregedoria Interna da Polícia Civil (COINPOL).
 
Os seis foram denunciados pelo MPRJ por organização para atividade criminosa, extorsão mediante sequestro, usurpação de função pública e corrupção. Segundo as investigações, o grupo levantava informações de pessoas envolvidas com atividades ilícitas e passava a exigir quantias em dinheiro para que estas não fossem presas em flagrante. 
 
Os agentes então, usavam veículos, distintivos e estrutura da corporação para extorquir os cidadãos em troca da não detenção pelos crimes. O esquema teve inícios quando os policiais eram lotados na 36ª DP (Santa Cruz) e continuou após a transferência do grupo, para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) de Niterói, a partir de maio de 2017.
 
Um exemplo da atuação do grupo foi a extorsão contra uma mulher, proprietária de um carro Citroen C3. Avisados pelos informantes de que o veículo era produto de crime, os policiais foram até a residência da vítima, a abordaram e informaram que ela seria presa, caso não concordasse com o pagamento de R$ 10 mil ao grupo.
 
Segundo a denúncia, a organização criminosa atuava impondo extremo terror. Em muitos casos, a vítima da extorsão era levada para o interior da delegacia, sob o pretexto de ter sido flagrada praticando algum crime. Os policiais e os informantes então ameaçavam e, em alguns casos, até agrediam fisicamente as vítimas para exigir delas e de seus familiares altas quantias em dinheiro em troca de sua liberação.
 
De acordo com as investigações, os policiais permitiam aos informantes o uso de distintivos e armas de fogo da polícia e até a direção de veículos da instituição para a prática dos crimes.

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*Fonte: Google Analytics
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