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MPRJ e Polícia Civil realizam operação contra furto de petróleo bruto nos dutos da Transpetro
Publicado em 07/03/2018 11:01 - Atualizado em 07/03/2018 18:54

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), realizou nesta quarta-feira (07/03) a operação Conexão Clandestina III. O objetivo foi cumprir 13 mandados de busca e apreensão em endereços suspeitos, onde ocorreria furto de petróleo bruto diretamente dos dutos da Petrobras Transporte (Transpetro), além de locais que seriam usados para receptar e comercializar o produto, como refinarias clandestinas e postos de gasolina.
 
Os mandados foram cumpridos em Guapimirim e Sapucaia, no Estado do Rio de Janeiro; Guaxupé e Arcos, em Minas Gerais; Vila Velha e Serra, no Espírito Santo; Vera Cruz e Feira de Santana, na Bahia.  A ação contou com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e dos GAECOs dos estados envolvidos. 

Durante a operação, foram cumpridos mandados em sete empresas. Nos locais, foram coletadas amostras de produto semelhante a petróleo e além de documentos. Também foram vistoriados três depósitos clandestinos. Em um deles foram encontrados caminhões com material parecido com petróleo. Um dos veículos era o mesmo que o monitorado nas investigações. Tanto o material apreendido quanto a documentação serão analisados em perícia.  

De acordo com o MPRJ, as investigações começaram a partir de denúncias da Transpetro sobre furto de petróleo nos dutos que passam por dentro de duas fazendas em Guapimirim. A partir de técnicas de investigação e ações de inteligências, com autorização do Juízo da 2ª  Vara da Comarca de Guapimirim, caminhões que partiam das fazendas foram monitorados durante certo período.  Este controle  possibilitou a identificação dos locais  onde os veículos faziam paradas com o produto do furto. A partir disso, foram pedidos os mandados de busca e apreensão para a operação. 
 
Segundo as investigações, uma das fazendas já apareceu em outros registros da Transpetro sobre extração clandestina de Petróleo. Também há relatório dando conta de que homens armados impediram a entrada da técnica da empresa para fazer manutenção nos dutos.
 
O inquérito aponta que o prejuízo da Transpetro com o produto desviado por esta quadrilha chega a R$ 283 mil, apenas no período monitorado. Além disso, este tipo de crime oferece grave risco para a população do entorno dos locais de extração clandestina e ao meio ambiente. Segundo o MPRJ, o furto é feito, na maioria das vezes, pela instalação de uma válvula no duto. O processo é chamado de trepanação e pode resultar em vazamento e até explosão do material.

 

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