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MPRJ obtém na Justiça recebimento da denúncia contra cinco vereadores da Câmara de Petrópolis, que continuam afastados
Publicado em Fri Feb 14 12:02:49 GMT 2020 - Atualizado em Fri Feb 14 12:02:40 GMT 2020

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos (SUBCDH/MPRJ), teve aceita pelo 1º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio, no último dia 05/02, a denúncia apresentada contra cinco vereadores de Petrópolis: Paulo Igor, ex-presidente da Câmara, “Ronaldão”, “Luizinho Sorriso”, Wanderley Taboada e Meirelles. Eles são acusados da prática dos crimes de organização criminosa e corrupção, que causaram prejuízo ao erário superior a R$ 850 mil.

O Tribunal de Justiça do Rio manteve, ainda, a decisão liminar que havia determinado o afastamento das funções públicas de todos os vereadores denunciados, bem como a proibição de comunicação entre eles e com seus ex-servidores.

Durante a operação “Sala Vip”, deflagrada em janeiro de 2019 para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos vereadores e empresários suspeitos de fazerem parte de um esquema de pagamento de propina em troca de favorecimento em licitações, o vereador Paulo Igor, antes de entregar o telefone celular aos agentes da lei, apagou o aplicativo Whatsapp para criar embaraço às investigações, fato que constitui crime e pelo qual foi denunciado pelo MPRJ, já tendo ocorrido, também neste caso, o recebimento da denúncia pelo TJRJ.

Batizada de “Sala VIP” em alusão ao local na Câmara onde era feita a distribuição da propina aos vereadores pelo ex-presidente da Casa, a operação foi um desdobramento da operação “Caminho do Ouro”, deflagrada em abril de 2018 e que chegou a resultar na decretação da prisão de Paulo Igor e do vereador Luiz Eduardo Francisco da Silva, o “Dudu”, além da apreensão de aproximadamente R$239 mil na residência do empresário Wilson da Costa Ritto Filho, o “Junior”, e de R$ 155 mil em dinheiro na casa do ex-presidente da Câmara. As cédulas encontradas na banheira de hidromassagem de Paulo Igor estavam divididas em 15 maços, cinco deles contendo papéis com as inscrições de apelidos e iniciais dos nomes dos vereadores denunciados.

Também na Câmara de Petrópolis, a SUBCDH/MPRJ denunciou, em junho de 2017, o vereador Pastor Sebastião e cinco servidores de seu gabinete pela prática de diversos crimes de concussão e peculato. O parlamentar, preso preventivamente, exigia o repasse de parte da remuneração de seus funcionários, além de pressioná-los a adquirirem empréstimos e repassar os valores ao vereador. O processo está em fase de diligências. Em setembro de 2017, foi ofertada denúncia em face do vereador “Dudu”, imputando-lhe diversos crimes de concussão e corrupção passiva por práticas semelhantes. O processo está na fase de instruções para a colheita dos depoimentos de testemunhas.

Por MPRJ 

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