26ª Edição: Plínio de Sá Martins

Nascido em 13/09/1936, na cidade do Rio de Janeiro, Plinio de Sá Martins graduou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, atual UFRJ. Depois de formado, exerceu por mais de 30 anos advocacia, prestando assistência a grandes empresas, como a Comércio e Indústria de Ferro e Alumínio (Ciferal), do ramo da metalurgia, e a Fundação para Desenvolvimento da Região Metropolitana (FUNDREM), órgão do Estado que planejava políticas públicas.
Em 1988, foi nomeado Defensor Público, onde permaneceu até 1994, quando ingressou no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro como Promotor de Justiça, após aprovação no XVI Concurso. Ao longo de sua carreira, trabalhou principalmente na esfera criminal, com destaque para Promotorias de Investigação Penal de São Gonçalo e Varas de Execução Penal. Entre 1998 e 2000, atuou em Curadorias de Fazenda Pública e de Massas Falidas da Capital. Além de especialista em Direito Tributário e Direito do Trabalho, graduou-se em Administração de Empresas e lecionou o curso de Ciências Contábeis da Universidade Candido Mendes.
Destaca-se na trajetória de Plínio sua forte veia associativa. Na Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (AMPERJ) foi Membro do Conselho Deliberativo (1998 a 2004), membro do Conselho Consultivo (2004-2006) e Conselheiro Fiscal (2007 e 2014). Em reconhecimento a sua vultuosa dedicação, foi condecorado com a Medalha do Mérito da Associação (2006).
Buscando oferecer melhores soluções financeiras aos seus colegas, ajudou a fundar, em 2001, a Cooperativa de Crédito Mútuo dos Membros do Ministério Público (COOMPERJ). Apesar da aposentadoria em 2002, atuou por oito anos como membro da Diretoria Operacional da Cooperativa e como vice-presidente, entre 2009 e 2017. Ao longo da carreira, Plínio comentava que os estudos transformaram sua vida e se orgulhava de lembrar que foi aprovado para a Defensoria Pública e o Ministério Público mesmo em idade avançada.
Plínio de Sá Martins faleceu em 1° de janeiro de 2017, aos 81 anos, mas segue lembrado por sua inteligência ímpar e fascinante experiência de vida, além da força, persistência e amor ao trabalho. O que culminou na homenagem da Sicoob-Coomperj em julho de 2017, quando o auditório da Cooperativa foi batizado com o nome de Plínio.
Prestaram depoimentos emocionados a viúva e Procuradora de Justiça aposentada Maria Thereza Kezen Vieira e os amigos Procuradores de Justiça Augusto Vianna Lopes e Gianfilippo de Miranda Pianezzola.