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MPRJ sedia seminário sobre Saneamento Básico promovido pelo INAC
Publicado em Wed Nov 10 20:34:11 GMT 2021 - Atualizado em Wed Nov 10 20:34:05 GMT 2021
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu, nesta quarta-feira (10/11), especialistas em urbanismo e meio ambiente para discutir o tema "Saneamento e Pobreza: o grande desafio do enfrentamento da desigualdade social no Brasil". Esse é o segundo encontro realizado pelo Instituto Não Aceito Corrupção (INAC) e faz parte da jornada ESG (Environmental, Social and Governance), promovida pelo instituto, com o objetivo de medir as práticas ambientais, sociais e de governança de empresas. Entre os convidados estavam o procurador-geral de Justiça do MPRJ Luciano Mattos, a presidente da Comissão de Improbidade Administrativa da OAB/RJ, Thais Marçal, e o ex- subsecretário de Recursos Hídricos e Saneamento do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Edmundo Horta Barbosa, com a mediação do jornalista Luis Erlanger. 
 
A abertura do seminário foi realizada pelo procurador de Justiça do MPSP, Roberto Livianu, presidente do INAC. Foram discutidos temas como compliance ambiental, governança corporativa e investimentos de impacto, sustentabilidade e infraestrutura da cidade do Rio de Janeiro. Ações voltadas para a criação de políticas públicas para garantir o acesso à água potável e ao tratamento e à coleta de esgoto a toda população também foram debatidas no evento. 
 
 O procurador-geral de Justiça contou sobre sua experiência de mais de 20 anos de atuação na área de tutela coletiva de defesa do patrimônio público e ambiental. Luciano Mattos destacou que, atualmente, o Rio de Janeiro experimenta uma realidade diferente em relação às concessões anteriores na área de saneamento. Ressaltou, ainda, que embora o tema saneamento envolva também resíduos sólidos e drenagem urbana, a questão da água e do esgoto acaba por promover maior desigualdade da população.
 
“Comparando com o que tínhamos no passado em relação às concessões, os contratos naquela época não foram feitos com as devidas metas e parâmetros necessários para uma boa execução do serviço. A experiência na Região dos Lagos e as discussões que tivemos, foi possível sensibilizar as concessionárias e a agência reguladora da necessidade de alteração de algumas das metas, para chegarmos aos excelentes resultados demonstrados hoje como, por exemplo, melhoria desse bem ambiental riquíssimo que é a Lagoa de Araruama”, ressaltou o PGJ.   
 
Luciano também falou sobre a importância do sistema de coleta a tempo seco como uma estratégia na questão do esgotamento sanitário e sobre a construção das redes de drenagem. Ao fim de sua palestra, o PGJ explicou como o MPRJ atua em relação à fiscalização dos serviços prestados pelo município.

Luiz Edmundo Horta Barbosa contextualizou sobre a atual situação precária das redes de esgoto do país. "A grande esperança que temos hoje, nós, engenheiros, é na área de saneamento, justamente por conta das grandes concessões que estão sendo organizadas, com dados promissores, principalmente no Rio de Janeiro. Essa injeção de investimento é uma coisa que não se via há mais de 30 anos", avaliou o ex-subsecretário ressaltando que a falta de saneamento é o maior indicador de desigualdade social de um país. 
 
Autora de um livro sobre a "Infraestrutura das favelas", Thais Marçal explicou que comunidades são áreas juridicamente definidas como locais sem meios básicos para sobrevivência. "Investimentos em infraestrutura revertem em geração de empregos aumento na arrecadação tributária e qualidade de vida local. Com os novos deveres das concessionárias de levar saneamento a locais pobres, pode ser uma oportunidade de começar a levar a sério a implementação de infraestrutura. A favela precisa de uma atuação dialogada para compressão das suas necessidades e que as novas concessionárias tenham um plano inteligente de implementação de saneamento local", explicou.

Também prestigiaram o evento os promotores de Justiça José Alexandre Maximino, coordenador do Grupo Temático Temporário para Garantia de Segurança Hídrica (GTT Segurança Hídrica/MPRJ), Patrícia Gabai, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente e Ordem Urbanística e a chefe de gabinete, Gláucia Santana.

Por MPRJ
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