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MPRJ denuncia 23 pessoas por furto de cabos de telecomunicação e energia
Publicado em Thu Apr 24 16:58:12 GMT 2025 - Atualizado em Thu Apr 24 16:58:05 GMT 2025

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, denunciou à Justiça 23 pessoas por envolvimento em uma organização criminosa especializada no furto de cabos de telecomunicação e energia elétrica. O grupo atuava em diferentes regiões do estado, subtraindo cabos de redes subterrâneas, torres de transmissão e subestações.

A pedido do MPRJ, a 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa expediu cinco mandados de prisão e 26 de busca e apreensão – em endereços ligados a 22 pessoas físicas e 12 pessoas jurídicas. As medidas foram cumpridas nesta quinta-feira (24/04), nos estados do Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo. A Justiça também determinou o bloqueio de até R$ 200 milhões em contas bancárias e ativos financeiros.

O grupo foi denunciado pelo MPRJ pelos crimes de furto, receptação, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Segundo a Promotoria, a atuação dos criminosos causou graves prejuízos a concessionárias de serviços públicos e à população, com interrupções em serviços essenciais.

De acordo com a denúncia, os criminosos chegaram a realizar mergulhos para retirar cabos de estruturas submersas, como caixas de concreto, utilizando caminhões para tração e remoção do material. As ações ocorriam, em sua maioria, durante a noite, para dificultar a atuação policial, com o uso de uniformes falsos, veículos disfarçados e ordens de serviço forjadas para simular operações legais.

Ainda segundo as investigações, a organização criminosa era composta por três núcleos: o de comando, responsável pelo planejamento estratégico; o intermediário, encarregado da receptação e dissimulação dos materiais furtados; e o operacional, responsável pela retirada e transporte dos cabos. Os materiais subtraídos eram vendidos por empresas de fachada, e os lucros lavados por meio da aquisição de imóveis, veículos de luxo e movimentações financeiras simuladas. Em um dos casos, uma empresa movimentou mais de R$ 10 milhões em crédito e débito, valor incompatível com o faturamento declarado.

Os crimes ocorreram entre 2022 e 2024, com registros em municípios da Baixada Fluminense e da capital. 

Por MPRJ

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