Os denunciados foram detidos no momento em que instalavam dispositivos conhecidos como “chupa-cabras” nos caixas eletrônicos do banco HSBC do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim. O MPRJ também requereu o afastamento de Julio Cesar do cargo de policial civil.

 

Na condição de policial, Julio Cesar exercia a função de segurança da quadrilha. O acusado transitava livremente pelo aeroporto, armado e portando distintivo policial, afastando, desta forma, o risco de eventual abordagem policial e de vigilantes dos bancos em que os equipamentos seriam colocados. Já José Daltro passava-se por policial civil para abordar os vigilantes dos bancos e indagar sobre a vistoria e manutenção dos terminais, a fim de repassar informações aos membros da quadrilha. Osoutros integrantes ainda não foram identificados.

 

Quando foi preso, Julio Cesar negou o envolvimento em qualquer prática de crime, alegando que acompanhava seu sobrinho na expectativa de ser indicado para fazer segurança particular de um cliente. No entanto, em seu depoimento, Jose Daltro confessou o crime e delatou o tio como membro da quadrilha.

 

De acordo com o promotor de Justiça Sauvei Lai, a quadrilha cometeu, reiteradamente, “crimes contra o patrimônio, especialmente de estelionato, por meio de compras fraudulentas com o emprego de senha e dos dados de cartões extraídos ilicitamente através de instalação de “chupa-cabra” nos terminais do banco HSBC, exercendo cada membro do grupo uma função específica”, destacou.