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Solenidade de lançamento do portal foi realizada no Salão Nobre do TJRJ
MPRJ participa de lançamento pelo TJRJ do portal do Grupo de Monitoramento do Sistema Carcerário do Estado
Publicado em Wed Dec 13 14:06:25 GMT 2017 - Atualizado em Wed Dec 13 14:05:43 GMT 2017

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) participou, na terça-feira (12/12), do lançamento do portal do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Estado (GMF), uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). O espaço reúne dados sobre o sistema de justiça criminal, de execuções penais, do sistema carcerário e os relativos à Infância e Juventude. O desembargador Milton Fernandes de Souza, presidente do TJRJ, fez questão de ressaltar a relevância do portal. “Este é um trabalho de excelência, cujo resultado beneficiará toda a sociedade, permitindo melhor atuação dos órgãos diretamente envolvidos em todas essas questões”, pontuou.

“O objetivo é dar a maior transparência possível ao sistema penitenciário estadual. A sociedade tem que perceber que o preso vai voltar ao convívio social e é melhor que ele volte ressocializado”, assinalou o juiz Marcelo Oliveira no vídeo de apresentação do ambiente digital, acrescentando que o portal vai oferecer um panorama real de como está o sistema penitenciário, com o objetivo de criar políticas públicas mais eficazes. “Vamos apresentar dados sobre cada preso, desde o momento em que entra no sistema, o cumprimento da pena, até sua saída e buscar um tratamento isonômico a todos, resguardando os direitos à dignidade da pessoa humana”, afirmou o magistrado, que é supervisor do GMF.

O procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, participou da solenidade. “Hoje participo da terceira reunião conjunta com o desembargador Milton Fernandes. Isso dá a exata dimensão da parceria que o TJRJ e o MPRJ vêm construindo em conjunto. Na reunião que tivemos pela manhã, na Escola Superior de Guerra, falei exatamente disso: da importância dos dados, da transparência, das instituições e dos governos abertos. O momento que vivemos é extremamente delicado e crítico, nos aspectos social, econômico e político. A oportunidade que nós temos de solucionar isso, enquanto país, é por meio da tecnologia. Esse é o caminho mais curto e, acreditem, o mais barato. Essa ferramenta possibilita diagnósticos fabulosos, até para discutir novas políticas de encarceramentos. O TJRJ está de parabéns ao dar este salto, que permitirá qualificar ainda mais sua atuação”, afirmou o PGJ.

A apresentação do portal foi feita pela juíza Raquel Santos Pereira Chrispino, membro do GMF. “Temos pouco tempo de democracia, construída por meio de instituições que, muitas vezes, não se comunicam. O portal nos traz o perfil da população carcerária do Estado, desde a faixa etária, do número de audiências de custódia, e até sobre a participação ou não em atividades educacionais. Poderemos começar a refletir e produzir dados de forma continuada, a serem recolhidos e compartilhados com todos os envolvidos, começando pelo poder judiciário, passando pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Secretaria de Segurança (Seseg) e Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), por exemplo. Dados geram informações, que geram conhecimento. E isso nos permitirá dar mais objetividade quando da formulação das políticas públicas.”

O desembargador Marcus Henrique Pinto Basílio, também supervisor do GMF, fez questão de ressaltar a relevância do lançamento do portal, neste momento. “É fundamental pensarmos em como lidar com a população prisional do Brasil, ainda mais quando acabamos de saber, pela imprensa, que atingimos o terceiro lugar no ranking de países com maior número de encarcerados. Todos esses dados estatísticos permitirão que possamos ter um olhar mais atento à situação dessas pessoas.”

Coordenadora do Programa Justiça Itinerante do TJRJ, a desembargadora Cristina Tereza Gaulia complementou. “A justiça Itinerante, agora ao lado do portal, é fundamental para a vida dos homens e mulheres encarcerados. Nas visitas, temos a oportunidade de verificar as reais condições e os problemas dessa população, que sofrem com certa invisibilidade. Devemos nos preocupar com a questão penal e com o cumprimento da pena, é claro. Mas também devemos verificar as situações de sofrimento, onde poderemos atuar para o resgate da dignidade dessas pessoas para que depois, do lado de fora, elas possam recomeçar a vida em condições plenas. Essa também é uma forma de gerar tranquilidade e paz social”, destacou.

Também estiveram presentes ao lançamento do portal GMF as coordenadoras do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (CAO Criminal/MPRJ), Somaine Cerruti, e do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Execução Penal (CAO Execução Penal/MPRJ), Gabriela Tabet.

Portal: gmf.tjrj.jus.br

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