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MPRJ obtém decretação da prisão de líderes de milícia que atua em Itaguaí, além da negativa do pedido de liberdade de oito detidos na Operação Freedom
Publicado em Wed Oct 17 09:35:30 GMT 2018 - Atualizado em Wed Oct 17 09:35:22 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), obteve na Justiça, na última quinta-feira (11/10), decisões favoráveis a partir de denúncia apresentada no dia 3 de outubro. Baseada em diligências complementares ao Inquérito Policial nº 048-02627/2018, a denúncia é desdobramento da operação Freedom que, deflagrada no início de agosto, teve por foco o combate ao modelo de expansão da maior milícia da Zona Oeste da Capital para municípios da Costa Verde e da Baixada Fluminense. Em 15 de setembro, diligência do GAP no município de Itaguaí, no bairro Jardim Laiá, resultou na prisão de oito milicianos, autuados em flagrante por organização criminosa e porte ilegal de armas de fogo – acesse a matéria aqui.

A decisão mais recente da Justiça recebeu a denúncia do GAECO/MPRJ que, com base em apurações adicionais e empréstimo de evidências probatórias, atribui aos oito presos e a dois de seus líderes, estes foragidos, também acusações de crimes de extorsão circunstanciada a comerciantes da região e de receptação qualificada. Diante disso, o juízo da Vara Criminal de Itaguaí negou o pedido de liberdade provisória dos denunciados já capturados, que permanecerão detidos, e decretou a prisão preventiva de Wellington da Silva Braga e Carlos Eduardo Benevides Gomes, apontados como comandantes da organização criminosa.

Em sua decisão, Edison Ponte Burlamaqui, juiz titular da Vara Criminal da Comarca de Itaguaí, afirma que os foragidos, popularmente conhecidos como ‘Ecko’ e ‘Bené’, que figuram entre os milicianos mais procurados do Estado, eram os donos das armas apreendidas na ação realizada em  15 de setembro, sendo responsáveis pelo aparelhamento da organização criminosa, na qual atuavam seus comandados. Assim, Wellington e Carlos Eduardo estipulavam e ordenavam todo o esquema de extorsões, sendo os principais beneficiados pelos lucros ilícitos auferidos. Pelo exposto, afirma o juiz, não resta dúvida de que, em liberdade, ambos colocam em grave risco a ordem pública e social. Quanto ao pedido de libertação dos oito detidos, comandados por ‘Ecko’, o magistrado afirma não ver qualquer alteração que justifique a concessão de tal medida nesta fase processual, lembrando a gravidade das condutas imputadas aos acusados.

A organização criminosa de Itaguaí, investigada no contexto da Operação Freedom, mantém laços com grupo de milicianos que domina a região de Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste da capital fluminense, e encontra-se em processo de expansão para a Costa Verde e Piraí. A milícia opera com bases em condomínios do programa 'Minha Casa, Minha Vida' em outro bairro da cidade – o Chaperó –, onde controla a vida dos moradores e dita as regras, com prática de extorsões de comerciantes e exploração, com exclusividade, de jogos de azar, transporte em motos e vans irregulares, venda de água mineral e de cigarros, entre outros serviços, sempre se valendo de violência armada.

 

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