O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do  Centro de Apoio Operacional do Idoso e Pessoa com Deficiência, em parceria com o Instituto de Educação e Pesquisa do MPRJ (IEP/MPRJ) e com o Núcleo de Estágio Não Forense, da Diretoria de Recursos Humanos, realizou, nesta terça-feira (13/11), a capacitação dos supervisores dos estagiários contratados através do projeto ‘MP Inclusivo’. O evento ocorreu na sala de multimídias do IEP/MPRJ e teve como objetivo principal sensibilizar os supervisores para receberem e acompanharem os novos estagiários com deficiência, através de diversas atividades multissensoriais.

O ‘MP Inclusivo’ surgiu com o intuito de mudar a realidade da empregabilidade dos estagiários não forenses com deficiência, de ensino médio e superior, nos quadros do MPRJ. O projeto piloto começou com 30 vagas iniciais, que foram preenchidas através de um processo seletivo. Segundo o supervisor do Núcleo de Estágio não Forense (DRH/NENF), Fábio Vieira, foram 103 currículos recebidos e 86 entrevistas feitas, e a previsão é que esses estagiários iniciem em suas unidades no dia 03/12.

Abrindo as atividades do curso, a promotora de Justiça Cristiane Branquinho Lucas, coordenadora do CAO Idoso e Pessoa com Deficiência/MPRJ, ressaltou a importância para o Ministério Público fluminense da realização de um curso de capacitação sobre o tema ‘deficiência’, frisando ainda, o caráter inovador do projeto. A subcoordenadora do CAO Renata Scharfstein também marcou presença no evento e destacou a emergência de desconstruirmos preconceitos e reconstruirmos valores e práticas inclusivas, seja no ambiente de trabalho, seja no convívio familiar ou social.

Representantes do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), do Instituto Benjamin Constant (IBC), do Colégio Pedro II, da ONG Paratodos e do Instituto Municipal Philippe Pinel fizeram apresentações acerca de temas de interesse geral das pessoas com deficiência e suas características específicas. Enquanto foi discutida a questão da deficiência visual, os representantes do Instituto Benjamin Constant distribuíram máscaras tapa-olho e óculos com visão turva ou reduzida aos participantes, para que eles pudessem simular as experiências vividas por deficientes visuais.

Já foram definidos os setores que os receberão, ficando lotados nos municípios do Rio de janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói e São Gonçalo. Em março de 2019 deverá haver a implementação definitiva do projeto, com a ampliação do número de contratações até atingir 5% das vagas totais de estágio não forense, o que equivalem a aproximadamente 75 vagas. 

Ao final, destacaram que no próximo dia 26 haverá outra parte importante do projeto: um curso de ambientação para os estagiários que foram aprovados.

Clique para ter acesso as cartilhas de capacitação e ambientação.