O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense  (DHBF), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMERJ), descobriram, nesta quarta-feira (14/08), um cemitério clandestino no bairro do Babi, em Belford Roxo. A suspeita é de que o local era utilizado para ocultar corpos de vítimas da milícia que atua na região.

Até o meio da tarde já haviam sido encontrados seis corpos além de ao menos duas ossadas no local, um terreno baldio. Já neste primeiro momento foi possível identificar que alguns dos corpos foram vítimas de violência, pois alguns deles apresentam marcas de tiros, além de membros cortados. 
Os corpos serão levados ao Instituto Médico Legal para identificação e perícia. Em seguida, a Polícia Civil e o MPRJ irão investigar os homicídios.

As diligências para identificação do cemitério ocorreram após relato anônimo feito ao Disque Denúncia (2253-1177). De acordo com a denúncia, o cemitério seria utilizado pela Milícia da Nova Aurora, chefiada por Ronald Elias Pereira Valente, o Jaquinha, e Junior Galdino Vieira, o Pará do Moto Táxi. Pará do Mototáxi foi preso por policiais da DHBF na última quarta-feira (07/08), após denúncia da 7ª Promotoria de Investigação Penal – 3ª Central de Inquéritos, acusado de matar Lucas Otávio Teixeira da Silva no último dia 11/03.

Os corpos foram descobertos com a utilização de cães farejadores do Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente (2ª GSFMA/CBMERJ). A ação teve apoio da segunda Seção do Estado-Maior Geral do Corpo de Bombeiros Militar (BM2/CBMERJ).