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MPRJ realiza simpósio virtual para discutir formas de combate à disseminação da sífilis
Publicado em Tue Oct 27 10:56:51 GMT 2020 - Atualizado em Tue Oct 27 10:56:31 GMT 2020

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB/MPRJ) e do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Saúde (CAO Saúde/MPRJ), realizou, nesta segunda-feira (26/10), o webinar “Simpósio Sífilis”, para discutir formas de combate à disseminação da doença. O evento, transmitido através da página do IERBB no Youtube, contou com a presença de especialistas e do diretor do IERBB/MPRJ, procurador de Justiça Sávio Bittencourt, e da coordenadora do CAO Saúde/MPRJ, promotora de Justiça Márcia Lustosa.

Abrindo o encontro, o presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) no Estado do Rio e professor da UFF, Mauro Romero Leal Passos, apresentou dados históricos da doença. De acordo com Mauro, os programas governamentais para a erradicação da sífilis no país chegaram a ser implementados mas não seguiram em frente. “É mandatário termos à disposição todos os recursos para o diagnóstico clínico e laboratorial em curto espaço de tempo. Cuba, por exemplo, recebeu em 2015 o certificado da Organização Mundial de Saúde de eliminação da doença e deveríamos nos espelhar nas medidas adotadas por eles”, relatou.

A seguir, a médica Mayra Gonçalves Aragón, da Coordenação Geral de Vigilância Para as DST do Ministério da Saúde, destacou os esforços adotados pelo governo federal para conter o avanço da sífilis. “Temos adotado uma política de incentivo à realização de testes rápidos e ao tratamento imediato de pessoas detectadas, por meio do uso da penicilina. Além disso, reforçamos a importância da avaliação do histórico materno quanto ao tratamento da sífilis congênita e temos dado atenção especial à comunicação junto à população, por meio de nossos canais, para que possamos tirar as dúvidas em relação à doença”, afirmou.

Integrante da Coordenação Estadual de DST/Aids do Governo do Rio, Denise Ribeiro Franqueira Pires traçou um panorama estadual nas ações de combate à sifílis. “O primeiro quadrimestre do ano de 2020 apresentou uma redução do número de casos confirmados, de maneira geral. Mas sabemos que, infelizmente, esse fenômeno se explica por conta da pandemia do novo coronavírus. Temos consciência que precisamos mudar o rumo da história no que diz respeito ao esforços contra a propagação da doença e, para isso, é necessário investimento em atenção primária, melhorando a captação de jovens adultos e adolescentes, e ações intersetoriais com outros atores, além daqueles ligados à área de saúde”, disse.

Por fim, a coordenadora do CAO Saúde/MPRJ, promotora Márcia Lustosa, descreveu o cenário encontrado pelo MPRJ durante visitas feitas a unidades de saúde no estado. “Temos observado que os principais problemas enfrentados pelas unidades de saúde primária são a falta de testes rápidos, levando o paciente a ter que procurar unidades centrais dos municípios, e a ausência de penicilina em caso de teste positivo. A oportunidade para se verificar a doença é quando o paciente acessa o sistema de saúde e, se isso não acontece de imediato, podemos perdê-lo pelo caminho. Por isso, esse encontro é muito importante, para mostrar que estamos abertos e dispostos a pensar estratégias conjuntas de enfrentamento à disseminação da doença”, declarou Márcia.

A íntegra do evento pode ser conferida no link https://www.youtube.com/watch?v=UMWyS_GRlXg&feature=youtu.be

Por MPRJ

cao saúde mprj
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