A promotora de Justiça Glícia Pessanha Carvalho Viana, presidente da Comissão Permanente de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (COPREVE/CNPG), participou, nos dias 4 e 5 de dezembro, de debates promovidos pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), voltados ao aprimoramento das estratégias de prevenção e enfrentamento à violência em eventos esportivos. As atividades reuniram especialistas e representantes de diversos Ministérios Públicos, com o objetivo de aprofundar o debate sobre políticas públicas de segurança no esporte, a partir de perspectivas técnicas e institucionais voltadas à proteção do torcedor.

Como parte da programação, Glícia Viana, que também integra o Grupo de Atuação Especializada no Desporto e Defesa do Torcedor do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAEDEST/MPRJ), palestrou no seminário “Violência não marca ponto no esporte: causas, consequências e soluções”.

Em sua exposição, a promotora abordou os desafios atuais para a prevenção da violência associada ao futebol e destacou a importância da atuação articulada entre instituições públicas, clubes, federações, forças de segurança e meios de comunicação. A técnica pericial Izabella Barandier, do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ), também contribuiu com análises relacionadas à segurança e à dinâmica das torcidas.

A programação incluiu ainda reunião da COPREVE, com a presença do presidente eleito do CNPG, Pedro Maia, procurador-geral de Justiça do MPBA. O encontro teve como um dos principais focos a violência entre torcidas organizadas fora das arenas esportivas, além da discussão de caminhos para o fortalecimento de estratégias preventivas. A COPREVE, órgão auxiliar do CNPG, reúne representantes dos Ministérios Públicos estaduais e federal para desenvolver ações voltadas à redução da violência no futebol e ao aprimoramento da segurança dos torcedores dentro e fora dos estádios.

Durante os debates, também foi apresentada a pesquisa “Violências e políticas de segurança no futebol brasileiro – uma análise dos casos registrados em 2023-2024”, que aponta mais de 60 mortes relacionadas ao futebol no período analisado, com a maioria dos registros ocorrendo fora dos estádios.

Por MPRJ