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MPRJ obtém condenação de ex-policial militar por homicídio qualificado e integração a milícia armada em Seropédica
Publicado em Thu Nov 13 10:20:41 GMT 2025 - Atualizado em Thu Nov 13 10:20:29 GMT 2025

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça Junto ao I Tribunal do Júri da Capital, obteve, nesta quarta-feira (12/11), a condenação de Bruno Rodrigues da Fonseca, ex-policial militar, a 35 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa armada e homicídio qualificado. O crime de homicídio ocorreu em abril de 2017, no município de Seropédica.

Em plenário, a Promotoria demonstrou aos jurados que Bruno planejou e participou do assassinato de Joanzemberg Gonçalves Ferreira, morto a tiros em via pública na frente de seu irmão. A vítima tinha se recusada a vender para o ex-policial militar Bruno um caminhão em condições impostas pelo grupo criminoso. De acordo com as provas apresentadas pelo MPRJ, o homicídio foi cometido mediante emboscada e em atitude típica de milícia, com o objetivo de intimidar moradores e reafirmar o domínio da milícia na região. Após o crime, o corpo da vítima foi colocado no porta-malas do carro conduzido pelo réu e nunca mais foi localizado. 

Segundo a denúncia oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), Bruno integrava, desde 2015, uma milícia armada com atuação em diversos bairros de Seropédica, voltada à prática sistemática de extorsões, homicídios e outros crimes. O grupo impunha à população o pagamento de “taxas de segurança” e mantinha vínculo com milicianos da Zona Oeste, funcionando como uma espécie de “franquia” da organização liderada por Danilo Dias Lima, o “Tandera”, um dos criminosos mais procurados do estado.

Desaforamento do Júri
Diante do alto grau de periculosidade do réu, o MPRJ requereu o desaforamento do julgamento para a Capital. O pedido destacou o poder de intimidação exercido por Bruno e seus comparsas em Seropédica, ressaltando que ele é apontado como integrante da milícia responsável por sucessivos homicídios e confrontos armados na Baixada Fluminense. Além disso, foi destacado que a proximidade de Bruno com o miliciano “Tandera” gerava temor generalizado entre moradores e jurados do município. Em sessão anterior do Tribunal, uma jurada precisou ser retirada do plenário após sofrer crise de ansiedade ao ouvir o nome do miliciano, declarando não ter condições de julgar o caso por medo de represálias.

De acordo com o MPRJ, a transferência do julgamento para a capital foi fundamental para assegurar a imparcialidade dos jurados e a segurança dos envolvidos, diante do histórico de violência e da influência social exercida pelo réu e pelo grupo criminoso. No plenário, os jurados acolheram as principais teses apresentadas pelo Ministério Público, resultando na condenação pelos crimes de organização criminosa armada e homicídio qualificado.

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