A 10ª sessão ordinária do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, realizada na última segunda-feira (10/11), foi marcada por uma homenagem à trajetória do membro mais antigo da instituição, o procurador de Justiça Márcio Klang, que se aposentou na terça-feira (11/11), após quase meio século de atuação no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). O decano, entretanto, não se despede da instituição: ele seguirá à frente do Centro de Memória (CDM/MPRJ).

Em um discurso de despedida marcado por emoção e bom humor, o procurador relembrou os 48 anos dedicados ao Ministério Público. Ele recordou a primeira comarca, em Cambuci, o início de carreira durante o regime militar e a dedicação ao Centro de Memória, onde coordenou projetos pioneiros. Klang agradeceu o apoio da mulher desde a preparação para o concurso, expressou orgulho pelas conquistas alcançadas ao longo da trajetória e compartilhou o desejo de, a partir de agora, dedicar-se também às atividades como ator.

“Eu vou sentir saudade do Órgão Especial, do convívio mais próximo com os colegas. Mas o Centro de Memória continua no mesmo lugar, e quero manter o padrão que me impus, para que ele siga sendo um centro de referência em memória institucional”, disse Klang, com a voz embargada.

A sessão foi presidida pelo subprocurador-geral de Justiça de Administração, Eduardo da Silva Lima Neto, que relembrou sua admiração por Klang desde o início da carreira, destacando sua dedicação, coragem para enfrentar debates difíceis e leveza no exercício da função.

O procurador de Justiça José Maria Leoni também prestou homenagem em nome dos amigos e colegas do Órgão Especial. Além de ressaltar a importância da família do homenageado e sua trajetória, Leoni destacou o papel de Klang na preservação da memória institucional e sua capacidade de unir competência e bom humor ao longo da carreira.

“Márcio, ao longo desses anos, você provou que competência e bom humor podem e devem andar juntos. Sua seriedade no trabalho nunca impediu aquele sorriso marcante e o jeito único de transformar um ambiente tenso em um lugar mais leve. Seu legado vai muito além dos pareceres e votos: está nas pessoas que aprenderam com seu exemplo de ética e dedicação. Você conquistou não apenas o respeito, mas o carinho e a admiração de todos nós.”

Por MPRJ