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Seminário debate efeitos da falta de fiscalização nas fronteiras do Mato Grosso do Sul para o Rio de Janeiro
Publicado em Tue Dec 02 08:32:45 GMT 2025 - Atualizado em Tue Dec 02 10:18:13 GMT 2025

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) promoveu um seminário sobre os impactos no Estado do avanço do crime organizado nas fronteiras do Mato Grosso do Sul, por onde passam cerca de 80% das drogas que entram no Brasil. O encontro possibilitou a troca de experiências entre os MPs dos dois estados, incluindo o início da estruturação, pelo MPMS, de uma unidade de recuperação de ativos com base em práticas adotadas pelo MP do Rio. Os debates foram realizados, nesta segunda-feira (01/12), no auditório Vera Leite, no edifício-sede da instituição, no Centro do Rio. 

A mesa de abertura contou com as presenças do procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira; do procurador-geral de Justiça do MPMS, Romão Ávila Milhan Junior; do diretor do IERBB/MPRJ, Leandro Navega; e da coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), Letícia Emile. 

“Em agosto deste ano, realizamos uma visita institucional ao Ministério Público do Mato Grosso do Sul. Nosso objetivo era conhecer a realidade das fronteiras, e sobrevoar a região me impressionou muito. São cerca de 1,6 mil quilômetros de fronteira seca, e é por lá que entram no Brasil as drogas e armas que circulam e são comercializadas no estado do Rio de Janeiro. Por isso, a união entre órgãos federais e estaduais é fundamental. A troca de experiências fortalece a atuação do Ministério Público do Rio de Janeiro no enfrentamento às organizações criminosas”, ressaltou Antonio José.

“É uma grande honra participar deste evento e apresentar a realidade do nosso estado. É necessária uma atuação conjunta, já que 80% das drogas que entram no Brasil passam pelo Mato Grosso do Sul. Nos colocamos à disposição do Ministério Público do Rio de Janeiro e estamos, inclusive, estruturando nossa unidade de recuperação de ativos com base em experiências do MPRJ”, afirmou Romão Ávila Milhan Junior.

A primeira mesa de debate, com o tema “Contextualização do crime organizado na região de fronteira”, foi apresentada pelos promotores de Justiça do MPMS Thalys Franklyn de Souza e Felipe Almeida Marques, sob mediação de Letícia Emile. Eles trataram da geografia da região e do modo como armas e drogas ingressam no território brasileiro pelas fronteiras, além de abordar a ligação entre traficantes de Mato Grosso do Sul e do Rio de Janeiro e a cronologia da entrada do PCC na área.

Em seguida, André Henrique de Deus Macedo, responsável pela Unidade de Suporte às Operações de Inteligência do MPMS, apresentou as peculiaridades históricas, culturais e geográficas das fronteiras. Ele falou ainda das rotas estratégicas e da existência de infraestrutura ilegal, como pistas de pouso clandestinas utilizadas por organizações criminosas. A mediação foi da promotora de Justiça Gabriela de Aguilar, subcoordenadora do GAECO/MPRJ.

A terceira e última mesa, mediada pelo promotor de Justiça Mário Lavareda, assistente do GAECO/MPRJ, foi composta por Elton Pedro Tartari e Tiago Nobre da Silva, respectivamente, coordenador de Inteligência e analista do Departamento de Operações de Fronteira (DOF). Eles explicaram a atuação do departamento no combate ao contrabando e ao tráfico de drogas na fronteira Brasil–Bolívia e Brasil–Paraguai.

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Por MPRJ

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