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MPRJ realiza operação para prender integrantes da milícia de Rio das Pedras acusados de lavarem o dinheiro da organização
Publicado em Wed Sep 02 07:20:15 GMT 2020 - Atualizado em Wed Sep 02 08:41:27 GMT 2020

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), realiza nesta quarta-feira (02/09) a operação “Intocáveis III”. O objetivo é cumprir mandados de prisão preventiva contra três, dos seis denunciados à Justiça pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de 14 mandados de busca e apreensão. Os denunciados integram a milícia que atua em Rio das Pedras e adjacências. A denúncia foi recebida pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, que deferiu as medidas cautelares.

De acordo com a denúncia, o grupo denunciado é liderado por Marcus Vinicius Reis dos Santos, o “Fininho”, denunciado na primeira fase da operação “Os Intocáveis” e que encontra-se custodiado. Mesmo da cadeia, “Fininho” continua dando ordens aos seus integrantes. Segundo as investigações, ele é considerado braço direito de Maurício Silva da Costa, o “Maurição”, um dos chefes da milícia que atua na região e também denunciado na primeira fase da operação “Os Intocáveis”.

Os demais integrantes da organização criminosa são: Bruno Leonardo Fonseca Teixeira, Thaisa Oliveira da Silva Teixeira, Fabricio Ferreira Godoi, e Fernando Braga Ribeiro, que atuavam como “laranjas”, dificultando o rastreio do patrimônio ilícito de “Fininho”. Já a denunciada Valdiane Moreira de Sousa auxiliava “Fininho” com a contabilidade da agiotagem, uma das atividades ilícitas mais lucrativas exploradas pela organização criminosa.

Dos três mandados de prisão deferidos, dois foram cumpridos na cadeia pelo fato de os denunciados já estarem presos: Fininho e Fernando. Bruno continua foragido. No início da manhã, foram apreendidos R$ 117 mil em dinheiro, celulares, computadores e documentos. O conteúdo  será analisado para prosseguimento das investigações sobre as atividades da milícia.

O patrimônio ilícito foi construído através da exploração de diversas atividades criminosas, como extorsões, grilagem e agiotagem, entre outros. De acordo com a investigação, o grupo criminoso obteve vantagens indevidas no valor mínimo de R$ 5.787.460,57, valores estes que foram submetidos a procedimentos de lavagem de dinheiro e agora estão bloqueados pela Justiça, a pedido do GAECO/MPRJ.

Tendo por finalidade dar aparência legal aos recursos ilícitos obtidos, “Fininho” engendrou a prática de diversas manobras de lavagem de dinheiro com o auxílio do grupo, dentre elas a conversão dos valores em ativos lícitos, mediante a aquisição de diversos bens imóveis e constituição de empresas, atribuindo-os a terceiros, sempre com a finalidade de ocultar e dissimular a origem e a propriedade dos recursos financeiros.

Durante o período em que esteve foragido, após a deflagração da operação “Os Intocáveis”, “Fininho” também se valeu das contas bancárias de integrantes da organização criminosa para guardar e movimentar valores, com o claro propósito de promover a lavagem de capitais obtidos de forma ilícita. Ainda de acordo com a denúncia, como também não possuía lastro econômico ou legal para as aquisições imobiliárias e movimentações financeiras, já que não possui vínculo empregatício ativo, “Fininho” dissimulava valores declarados em aquisições de imóveis de alto padrão, incompatíveis com seus rendimentos.

Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em endereços nos bairros de Curicica, Recreio, Itanhangá, Jacarepaguá e Rio das Pedras. Entre os denunciados nesta terceira fase, Fernando Braga Ribeiro já encontra-se preso, após ser denunciado na operação “Os Intocáveis II”, por exercer a função de “laranja” do bando. Embora também tenha sido denunciado na operação anterior, Bruno Leonardo Fonseca Teixeira se encontrava foragido desde então.

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