O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve decisão favorável no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para manter o miliciano Toni Ângelo preso no sistema penitenciário federal. Informações de inteligência apontam que o ex-policial militar é um dos principais líderes da organização criminosa Liga da Justiça, milícia que exerce controle territorial na Zona Oeste do Rio, especialmente em Campo Grande.

O pedido pela permanência do miliciano em presídio federal foi feito pela Assessoria de Recursos Constitucionais Criminais (ARC-Criminal/MPRJ), no âmbito do Recurso Especial 1915274/RJ. O requerimento do MPRJ ressalta que  Toni Ângelo foi condenado a mais de 172 anos de prisão pela prática de diversos crimes, entre eles homicídio qualificado, ocultação de cadáver, extorsão, organização criminosa, receptação e porte de arma de fogo de uso restrito. Ele permaneceu na liderança do grupo criminoso até 2013, quando foi baleado e preso.

Consta ainda que, em 2021, o miliciano retornou para presídio estadual no Rio de Janeiro, onde iniciou aproximação com outros milicianos. Diante disso, foi autorizada a sua transferência de volta para o sistema penitenciário federal. "Nesse contexto, seja pela manutenção dos motivos que inicialmente justificaram a inserção em presídio federal, seja pelos resultados deletérios da tentativa de retorno ao presídio estadual, é salutar que o recorrido seja mantido no sistema penitenciário federal até 2027", registra a decisão do STJ.

Por MPRJ