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GAESP/MPRJ cumpre mandados de prisão contra policiais que achacavam comerciantes em Belford Roxo
Publicado em Thu Aug 14 07:54:30 GMT 2025 - Atualizado em Thu Aug 14 12:19:49 GMT 2025

O Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAESP/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), cumpriu nesta quinta-feira (14/08) mandados de prisão e de busca e apreensão contra dez policiais militares denunciados por organização criminosa instalada no 39º BPM (Belford Roxo). De acordo com a denúncia, os policiais recebiam propina semanal de diversos comerciantes para prestar segurança armada a estabelecimentos em Belford Roxo durante o expediente no batalhão.

Os mandados expedidos pelo Juízo da Auditoria da Justiça Militar foram cumpridos em endereços na capital, em Duque de Caxias, Belford Roxo, Magé e Nova Iguaçu. A operação conta com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar (CGPM).

Em julho de 2025, o GAESP/MPRJ já havia denunciado outros 11 policiais militares lotados no 39º BPM, acusados de integrar organização criminosa com o mesmo modus operandi. Agora, a nova denúncia atinge integrantes de outro setor da mesma unidade, identificados pela investigação como responsáveis por esquema semelhante de cobrança de propina e concessão de tratamento diferenciado a comerciantes e prestadores de serviços da região.

Na denúncia, o GAESP/MPRJ chama atenção para o fato de o esquema criminoso configurar uma verdadeira subversão da lógica da segurança pública. Destaca que policiais militares, que deveriam proteger a população sem cobrar qualquer valor, recebem, solicitam ou exigem de prestadores de atividades econômicas o pagamento de taxas para, justamente, prover o serviço de segurança, no exercício de suas funções e utilizando-se de viatura, uniforme e armamento da corporação.

Os lojistas que aderiam ao esquema ilegal eram chamados de "padrinhos". Esses apadrinhados recebiam atenção especial dos policiais militares, que passavam a comparecer aos comércios e guiar as rotas de policiamento ostensivo de forma a privilegiar esses locais. Ainda segundo a denúncia, a atuação criminosa dos PMs era ampla a ponto de, por vezes, estabelecimentos comerciais serem achacados por mais de um grupo de policiais daquele batalhão.

Por MPRJ

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