Notícia
Notícia
Com foco na especialização do combate ao crime organizado com projeção no ambiente virtual, que movimenta recursos de atividades ilícitas e impacta milhares de vítimas por meio de golpes e fraudes, o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, criou o Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (CyberGAECO). A nova estrutura do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) atuará na identificação, prevenção e repressão a infrações penais, com foco em organizações criminosas que operam online, utilizando do meio digital, criptomoedas e dark web para o cometimento de crimes, lavagem de dinheiro e expansão das suas atividades.
A criação do CyberGAECO é um passo estratégico para fortalecer a atuação institucional frente às novas formas de criminalidade e decorre do investimento feito em tecnologia e modernização das investigações. “O grupo está recebendo uma capacitação de excelência para atuar na área, com acesso a recursos tecnológicos que estarão à disposição no enfrentamento dessa nova criminalidade — um avanço que, sem dúvida, fará a diferença”, explicou o procurador-geral de Justiça.
Instituído por meio da Resolução GPGJ nº 2.740, o núcleo vinculado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) terá atuação integrada de inteligência, investigações, ações judiciais, recuperação de ativos e cooperação jurídica nacional e internacional, para desarticular grupos criminosos e obter maior efetividade na repressão ao cibercrime.
A coordenadora do GAECO/MPRJ, Letícia Emile Alqueres Petriz, adiantou que o novo núcleo contará com um laboratório próprio de coleta e análise forense para dotar os promotores, servidores e policiais de ferramentas avançadas de investigação. “A criação do CyberGAECO representa um passo decisivo na modernização das estratégias de persecução penal, além de ser uma resposta institucional para enfrentar o avanço das práticas ilícitas no meio virtual, como fraudes eletrônicas, abuso sexual infantil em meio virtual, ataques a sistemas, crimes financeiros e operações ilícitas envolvendo criptoativos, atos que desafiam os mecanismos tradicionais de investigação”, destacou a promotora de Justiça.
Para o subcoordenador do CyberGaeco promotor de Justiça Marcos Davidovich, a investigação de crimes que migraram para o espaço cibernético exige a quebra de paradigmas e uma atuação integrada, que combine inteligência, investigação e cooperação interinstitucional para desarticular de forma eficaz essas redes criminosas. “A repressão e a prevenção dependem de especialização, com domínio técnico e uso de ferramentas adequadas. O CyberGAECO é a resposta do MPRJ aos novos desafios da criminalidade digital”, destacou.
O núcleo também será responsável por estabelecer interlocução com órgãos públicos e entidades privadas nacionais e internacionais, angariar informações e ferramentas tecnológicas para rastrear condutas ilícitas, além de fomentar políticas públicas e ações coordenadas para a prevenção do crime cibernético.
Por MPRJ

(Dados coletados diariamente)