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CyberGAECO/MPRJ alinha protocolos de cooperação com instituições financeiras e plataformas digitais contra crimes cibernéticos
Publicado em Fri Dec 12 18:37:06 GMT 2025 - Atualizado em Fri Dec 12 18:37:03 GMT 2025

O Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (CyberGAECO/MPRJ) promoveu, nesta sexta-feira (12/12), uma reunião com representantes de instituições financeiras, plataformas de conteúdo digital, empresas de tecnologia, aplicativos de transporte e desenvolvedores de softwares de segurança. O objetivo foi estreitar laços, alinhar protocolos de cooperação e ampliar o compartilhamento de informações e recursos tecnológicos que auxiliem na identificação e no enfrentamento de organizações criminosas que atuam na internet, na dark web e no uso de criptoativos para fraudes, lavagem de dinheiro e outros delitos.

A coordenadora do CyberGAECO, promotora de Justiça Letícia Emile Alqueres Petriz, destacou a importância da aproximação contínua entre o Ministério Público e o setor privado para enfrentar modalidades criminosas cada vez mais sofisticadas. “A criminalidade avança com estratégias complexas, e não podemos trabalhar de forma segregada. As instituições financeiras e as plataformas digitais sao essenciais para qualificar nossas investigações e fortalecer a repressão ao crime organizado. Buscamos identificar perfis, rastrear movimentações e nos antecipar às ações das quadrilhas, porque nosso objetivo não é apenas prender, é recuperar ativos e ressarcir os lesados”, afirmou.

CyberLab

A coordenadora ressaltou ainda os investimentos realizados pelo MPRJ na consolidação do CyberLab, laboratório cibernético do CyberGAECO, atualmente em fase final de implementação. O espaço contará com equipamentos e softwares de ponta para análises forenses, rastreamento de movimentações em criptoativos e processamento de grandes volumes de dados digitais. “Estamos implementando equipamentos, adquirindo softwares e firmando acordos de cooperação técnica com outros estados. Esse conjunto de recursos trará maior agilidade e eficácia às investigações conduzidas pelo CyberGAECO”, completou.

Integração

Na sequência, representantes do Bradesco, PagSeguro, Itaú, Santander, TikTok, Uber, Discord e Chainalysis destacaram o cenário desafiador enfrentado pelo setor privado diante da expansão acelerada dos crimes digitais nos últimos anos. Ressaltaram que, após a pandemia, milhões de novos usuários passaram a utilizar serviços bancários e plataformas digitais, muitos deles sem familiaridade com ferramentas de proteção, tornando-se particularmente vulneráveis a golpes, fraudes e esquemas como o “sequestro do PIX”, que se disseminou rapidamente em diversos estados do país.

As empresas enfatizaram a necessidade de ampliar a integração entre o setor financeiro, as plataformas digitais e as autoridades de investigação, especialmente para acelerar o fluxo de informações qualificadas e permitir respostas mais rápidas e eficazes a crimes caracterizados por alta complexidade, grande volume de dados e pulverização de contas e intermediários. Segundo os representantes, a atuação coordenada com órgãos como o CyberGAECO/MPRJ é fundamental para elevar a percepção de risco dos criminosos, interromper cadeias de movimentação ilícita, descapitalizar organizações criminosas e fortalecer a repressão ao crime organizado. Também ressaltaram a importância de formalizar fluxos de cooperação, compartilhar expertises e disseminar boas práticas nacionais, de modo a fortalecer a capacidade de investigação e proteger a sociedade.

Por MPRJ

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