Notícia
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A 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada dos Núcleos Duque de Caxias e Nova Iguaçu realiza, nesta terça-feira (16/09), uma operação com a Polícia Civil para prender 44 pessoas denunciadas por associação criminosa, tráfico de animais, receptação qualificada, tráfico de armas e falsificação de documentos. A operação, que conta com o apoio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA/MPRJ), da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), também cumpre 56 mandados de busca e apreensão.
As investigações, conduzidas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), identificaram 108 pessoas envolvidas com o comércio irregular de aves e animais silvestres.
Em 2023 foi ajuizada denúncia, recebida no último mês de julho pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), contra 56 pessoas, acusadas de integrarem uma organização criminosa que vendia animais silvestres na Feira de Duque de Caxias e de forma online, sem autorização da autoridade competente. O grupo caçava os animais em todo o estado e os mantinha em condições degradantes antes de serem vendidos. Contra os denunciados, entre os quais está o deputado estadual TH Jóias, foram expedidos 56 mandados de busca e apreensão.
Em maio deste ano foi ajuizada outra denúncia, desta vez contra 59 pessoas (incluindo sete denunciados em 2023), por associação criminosa, comércio ilegal de animais, receptação qualificada, comércio ilegal de armas de fogo e falsificação de documento público. A 2ª Vara Especializada em Organização Criminosa do TJ-RJ expediu 44 mandados de prisão contra os denunciados.
O grupo caçava os animais pelo Estado e repassava aos receptadores, que os acondicionavam em viveiros clandestinos e ofereciam as aves e animais silvestres a seus receptadores intermediários e varejistas.
Os denunciados também atuavam para falsificar documentos dos animais comercializados, auxiliando os compradores a ocultar a sua origem ilícita e dando ares de legalidade à compra e venda dos animais. As investigações conduzidas pelo MPRJ também apontaram inúmeras negociações ilegais de armas de fogo e munições, indicando que os denunciados não se limitavam ao tráfico de animais, atuando também, sistematicamente, com a utilização e o emprego de arma de fogo em suas atividades ilícitas.
Por MPRJ

(Dados coletados diariamente)