O Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAOVD/MPRJ) participou, nesta terça-feira (20/05), de um curso de capacitação em violência de gênero contra a mulher no âmbito doméstico para integrantes da Patrulha Maria da Penha, no Centro de Formação da Polícia Militar (CEFAP), em Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. 

As promotoras de Justiça Isabela Jourdan e Eyleen Marenco, coordenadora e subcoordenadora do CAO VD/MPRJ, além da assistente social do MPRJ, Rosângela Pereira, ministraram noções sobre os diferentes tipos de violência, seus impactos e a importância da prevenção através de medidas protetivas de urgência (MPU), acompanhadas e monitoradas pelos patrulheiros. Também foi destacada a atuação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) no combate às violências doméstica e familiar praticadas contra as mulheres através do CAOVD e das diferentes promotorias com atribuição, bem como as funções dos diversos atores da rede de enfrentamento. O curso foi coordenado pela Major Bianca Ferreira Neves.

Em quase seis anos de atuação, a Patrulha Maria da Penha registrou cerca de 360 mil atendimentos, com 800 prisões efetuadas por descumprimento de medida protetiva. Mais de 96 mil mulheres foram atendidas em todo o estado. As estatísticas mostram que grande parte dos autores de agressões são companheiros ou ex-companheiros das vítimas, mas também há registros envolvendo filhos ou outros familiares. O programa está presente em todos os municípios do Rio de Janeiro e, além das chamadas de emergência do 190, os agentes realizam visitas regulares às residências das mulheres beneficiadas com medidas protetivas, monitorando a situação e garantindo que os agressores estejam cumprindo as determinações judiciais. Os policiais fornecem ainda orientação sobre os direitos das vítimas, encaminhamentos para serviços de assistência social e psicológica, e informações sobre os canais de denúncia disponíveis, criando um ambiente de suporte integral na proteção das vítimas.  

Por MPRJ