Com o objetivo de prevenir e combater atos de racismo e xenofobia nas competições internacionais, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em parceria com Flamengo, Botafogo e Fluminense, retorna com a ação #EstamosVigilantes nas fases finais das Copas Libertadores e Sul-Americana. Promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST/MPRJ) estarão in loco no Maracanã e Nilton Santos, no monitoramento e atuação em eventuais flagrantes.

A partir das oitavas de final, os torcedores poderão colaborar por meio de um canal de denúncias específico para cada partida. Quem presenciar práticas racistas ou xenofóbicas pode enviar imagens, vídeos e descrições dos atos através dos link ou QR Codes disponibilizados nas redes sociais dos clubes e do MPRJ. A primeira partida a contar com o recurso será Flamengo x Internacional, nesta quarta-feira (13/08), no Maracanã. Os torcedores podem também alertar os policiais militares e agentes de segurança nos estádios, que estão orientados para agir.

“O intuito do MPRJ é prevenir e reprimir eventuais práticas criminosas nos estádios, adotando de forma célere e eficiente providências perante a Justiça. Além disso, precisamos conscientizar os torcedores de que não há mais tolerância a atos racistas. Estamos vigilantes e contamos com o apoio de quem vai ao estádio para denunciar essas práticas”, reforça o coordenador do GAEDEST/MPRJ, promotor de Justiça Márcio Almeida.

Resultados da campanha

A campanha, que conta com o apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), já apresentou resultados positivos na fase de grupos das competições. Nos jogos Fluminense x Unión Española (14/05), no Maracanã, e Botafogo x Universidad de Chile (27/05), no Nilton Santos, torcedores chilenos foram flagrados, presos e denunciados por práticas racistas. A atuação célere do MPRJ permitiu ao Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos aplicar pena de dois anos de prisão, além da proibição, por três anos, de frequentarem locais destinados a práticas esportivas, artísticas ou culturais.

Além do GAEDEST/MPRJ, a operação conta com o apoio da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (DEDIT/CI2), responsável pelo novo formulário. Os peritos do MPRJ também realizaram visitas técnicas aos estádios para avaliar os sistemas de câmeras e sugerir melhorias para o monitoramento e reconhecimento dos autores. A equipe também estará presente nas partidas para captar áudios e vídeos, identificando cânticos, gestos e ofensas racistas.

Atuação Especializada no Esporte

O GAEDEST/MPRJ foi criado em março pelo procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, com foco na integridade do esporte, no combate à manipulação de resultados, à violência nos estádios e ao racismo. “Todos os torcedores que comparecerem às arenas esportivas do Rio de Janeiro terão o Ministério Público ao seu lado, com o objetivo de punir eventuais autores de atos racistas e garantir justiça e proteção aos direitos de todos os cidadãos”, afirma o PGJ Antonio José Campos Moreira, idealizador do GAEDEST/MPRJ.

Acesse aqui o vídeo da campanha #EstamosVigilantes

Formulário Flamengo x Internacional (13/08)

Ou acesse o formulário da Ouvidoria/MPRJ

Imagens para divulgação

Por MPRJ