Page 23 - Experiências de atuação Pedagogia Psicologia Serviço Social
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Experiências de atuação da Pedagogia, da Psicologia e do Serviço Social
            na defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes


                   Outrossim, esses documentos técnicos, contendo análises, considerações, sugestões e
            propostas de atuação, auxiliam no reconhecimento e consolidação do trabalho desenvolvido e
            são fontes de consultas entre os profissionais, de forma que este acervo é utilizado para retomar
            propostas, apontar caminhos já trilhados, que muitas das vezes pode ser instrumento na
            interlocução com os promotores de justiça na defesa dos posicionamentos técnicos, visando à
            adequação e/ou implementação de programas e serviços voltados para crianças, adolescentes.


                   Os tipos mais produzidos de documentos no cotidiano da Equipe são os Relatórios Técnicos,
            utilizados para sistematizar as opiniões profissionais formadas após a realização de: vistorias técnicas,
            estudos sociais, psicológicos e pedagógicos e reuniões institucionais ou interinstitucionais, quando
            estas contam com a participação de assistentes sociais e/ou psicólogos(as) e pedagogas da Equipe na
            condição de assessores técnicos. A utilização recorrente desse tipo de documento é indicativo de uma
            atuação voltada para a avaliação da qualidade da política de atendimento ao público infantojuvenil,
            com relatórios que avaliam entidades, programas, serviços e órgãos do SGDCA: serviços de acolhimento,
            unidades de cumprimento de medidas socioeducativas, programas de apoio socioeducativo, clubes
            de futebol com centro de treinamentos para adolescentes, Conselhos Tutelares, dentre outros.


                   No que diz respeito aos documentos técnicos e ao alinhamento das ações profissionais, cabe
            ainda destacar a atuação da Equipe no período da pandemia em decorrência do novo coronavírus
            (COVID-19),  decretada  pela  Organização  Mundial  da  Saúde  (OMS)  em  11  de  março  de  2020.  Em
            decorrência  da  pandemia,  medidas  de  isolamento  e  distanciamento  social,  para  prevenção  do
            contágio, foram adotadas por diversos órgãos e instituições, seguindo orientação das autoridades de
            saúde. Conforme disposto na Resolução Conjunta GPGP nº 23, de 22 de março de 2020, as atividades
            presenciais nos órgãos de execução e administrativos do MPRJ foram suspensas e os membros e
            servidores, majoritariamente, passaram a exercer suas funções em Regime Diferenciado de Teletrabalho
            (RDT/MPRJ). O acesso presencial aos referidos órgãos passa a ser excepcional, até ulterior deliberação.

                   Logo no início do período pandêmico foi franqueado aos servidores e membros do MPRJ
            acesso à plataforma Teams, que permitiu aos integrantes da Equipe Técnica a manutenção das
            reuniões  de  planejamento por  meio  da  referida  ferramenta  de tecnologia  virtual.  Assim,  além
            de concluir documentos e estudos técnicos em andamento, a plataforma foi utilizada para o
            planejamento  das  ações  de  assessoramento  no  período  pandêmico,  quando  foi  instalado  um
            gabinete de crise no âmbito da instituição.

                   Ainda que a Equipe não tenha sido acionada num primeiro momento para prestar
            assessoria aos promotores de justiça nesse período, seus integrantes se reuniram para debater o
            contexto da crise de saúde, os impactos na população e suas repercussões na atuação ministerial e,
            consequentemente, no trabalho de assessoramento técnico. Assim, quando iniciaram as primeiras
            solicitações os profissionais já haviam identificado possibilidades de assessoramento técnico. Neste
            período, o tipo de documento mais elaborado foi a Informação Técnica, contendo posicionamento
            com  sugestões  para  as  recomendações  ministeriais  ao  órgão  da  Assistência  Social  responsável
            pela política de acolhimento institucional e familiar e pelo atendimento às crianças e adolescentes
            em situação de rua. Esse tipo de documento também foi utilizado para responder às demandas de
            assessoramento na fiscalização dos órgãos e serviços responsáveis pela execução das medidas de
            internação e de Liberdade Assistida e Prestação de Serviço à Comunidade.

                   No mesmo período foram elaboradas 02 Orientações Técnicas acerca de questões não
            relacionadas ao período pandêmico, uma delas já estava em andamento antes da pandemia e a outra
            foi elaborada para responder à demanda da coordenação do CAO no início desse período: “Orientação
            Técnica sobre aspectos relativos às culturas itinerantes de etnia cigana e a garantia de direitos de


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