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Experiências de atuação da Pedagogia, da Psicologia e do Serviço Social
            na defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes


            referido Plano. A título de exemplo, vale citar as ações do PGA 2018-2019: A coordenação não infracional
            elegeu como prioridade incrementar a atuação na saúde pública, com o fomento à implementação
            dos Centros de Atendimento ao Adolescente e à Criança (CAAC) – vítimas de violência sexual, enquanto
            a coordenação da área infracional definiu como prioridade o fomento à descentralização das unidades
            de cumprimento das medidas socioeducativas de internação e de semiliberdade, com o objetivo de
            assegurar a observância aos direitos e garantias fundamentais dos adolescentes institucionalizados.


                   Para  a  efetivação  das  ações  e  das  metas  definidas  no  PGA  os  coordenadores  solicitam
            o assessoramento técnico dos integrantes da Equipe Técnica, o que resulta em reuniões de
            planejamento com a coordenação e entre os profissionais da Equipe. Algumas dessas ações resultam
            no assessoramento técnico na elaboração de materiais de apoio e orientação aos promotores de
            justiça. Como exemplo, vale mencionar a “cartilha” que trata do Sistema Socioeducativo, elaborada
            com o objetivo de fomentar a fiscalização e o fomento às medidas socioeducativas em meio aberto. 19

                    Além das ações diretamente relacionadas ao PGA, as coordenações do CAO Infância demandam
            assessoria técnica nas reuniões internas e com órgãos externos. Assim, integrantes da equipe participam
            de fóruns, comissões e grupos de trabalho interinstitucionais, tais como: Comissão Interinstitucional
            da Criança e do Adolescente Vítima (CICAV); Comissão de Valorização da Primeira Infância (COVPI)
            – ambas organizadas no âmbito do Tribunal de Justiça; Fórum Maternidade, Drogas e Convivência
            Familiar; Fórum Estadual de Saúde Mental; Força Tarefa da Infância/MPRJ. Em decorrência da expertise
            da Equipe Técnica, alguns integrantes são convidados a participar de comissões e grupos de trabalho
            institucionais não restritos à área da Infância e Juventude: Comissão Permanente Multidisciplinar de
            Acessibilidade (CPMA/MPRJ) e Grupo de Trabalho Relações Étnico Raciais coordenado pela Assessoria
            de Direitos Humanos e de Minorias/MPRJ.

                   É importante ainda salientar a participação de integrantes da Equipe em projetos do CAO
            Infância, entre os quais merece destaque o Projeto Panorama, ainda em fase de implantação.

                   No que se refere ao assessoramento prestado aos órgãos de execução, a vistoria técnica com
            o objetivo de avaliar as condições de funcionamento e de atendimento dos programas serviços
            e projetos destinados às crianças e adolescentes, é uma das principais frentes de trabalho para os
            profissionais da Equipe Técnica. No entanto, essa avaliação também é realizada, ou complementada,
            por meio de outras atividades, como reuniões institucionais e interinstitucionais com pautas afetas ao
            funcionamento da política em questão.


                   Observa-se que, devido às publicações de resoluções do Conselho Nacional do Ministério Público
            (CNMP), que tratam da periodicidade das fiscalizações nos serviços e programas de acolhimento e
            socioeducativo, houve refreio nas solicitações para avaliação dos outros programas de atendimento
            ao público infantojuvenil nos últimos anos, o que reduz o potencial de identificação dos entraves e
            fragilidades na política de atendimento pela Equipe, ainda que as estratégias de assessoramento
            estejam voltadas para ampliar o foco de análise, indicando a relação entre os diferentes programas e
            serviços e a relevância dos mesmos na garantia de direitos.

                   Os órgãos de execução demandam ainda ações de assessoramento em resposta às demandas
            de  natureza  individual,  oriundas  das  denúncias  de  violências,  que  só  se  justificam  em  razão  de
            entraves no funcionamento da rede de atendimento. Desse modo, a criação de estratégias, que sejam
            efetivadas em ações, para o fomento à constituição de redes de atendimento integral é um desafio a
            ser enfrentado pela instituição. Somente com o monitoramento e a avaliação do trabalho desenvolvido
            é possível contribuir na definição dessas estratégias.

            19       Em 2018 foi elaborada a cartilha “SINASE: Impactos e Alterações na Política Municipal de Atendimento Socioeducativo.


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